Recentemente, duas influenciadoras digitais se destacaram nas redes sociais ao submeterem-se a um procedimento cirúrgico para alteração da cor dos olhos, uma prática proibida no Brasil para fins estéticos. O procedimento, conhecido como ceratopigmentação ou “tatuagem dos olhos”, foi realizado na França por Maya Massafera, que compartilhou em suas redes sociais o passo a passo da intervenção, que consiste na inserção de micropigmentos na córnea.
Por outro lado, a modelo Andressa Urach também mudou a cor dos olhos de preto para azul. No entanto, logo após a cirurgia, Urach expressou arrependimento devido a complicações pós-operatórias. “Meus olhos estão doendo bastante”, disse ela em um vídeo publicado em suas redes sociais, indicando a necessidade de buscar assistência médica ao retornar ao Brasil.
Médicos e especialistas alertam para os riscos elevados associados a esse tipo de procedimento. As consequências são irreversíveis e, em olhos saudáveis, podem surgir diversas complicações, incluindo a migração do pigmento, que pode causar inflamações tanto na superfície quanto intraoculares.
No Brasil, a legislação só permite intervenções na cor dos olhos para casos específicos de cegueira permanente, onde o objetivo é melhorar a aparência de forma terapêutica, não estética.
O Conselho Brasileiro de Oftalmologia (CBO), classifica a Ceratopigmentação como “de alto risco, com resultados irreversíveis e que deve ser realizado apenas sob estrita recomendação médica”.
O caso das influenciadoras ressalta a importância de considerar todos os riscos e regulamentações associados a procedimentos estéticos invasivos, especialmente aqueles realizados fora do país, onde as normas podem diferir significativamente das práticas brasileiras.